O secretário que negava a onda de violência em SP e os ataques do crime organizado deixa o comando da polícia. Será que agora o governador Alckmin consegue dar tranquilidade à população?

DISPUTA
Ferreira Pinto comprou briga com a Polícia Civil
ao retirar da corporação a corregedoria
Fernando Grella chega com a missão de conter o crime
organizado e selar a paz entre as polícias civil e militar
Por isso, a missão de Grella não é fácil. Em seu discurso de posse,
ele reconheceu que a situação atual foge da normalidade e que o crime
organizado precisa ser combatido. “Isso será feito com planejamento,
inteligência e capacidade de atuação concorrente em todos os entes que
compõem a Federação”, afirmou. Um dos desafios do novo secretário será
enfrentar os supostos grupos de extermínio formados por policiais
militares. Demissionário, o delegado-geral da Polícia Civil do Estado de
São Paulo, Marcos Carneiro Lima, afirmou que os indícios de
envolvimento de policiais em alguns dos crimes recentes são muitos.
Segundo ele, em pelo menos um dos homicídios a vítima teve sua ficha
criminal pesquisada pela polícia pouco antes do assassinato. “Bandido
mata e foge porque tem medo de ser pego. Matar várias pessoas em um
mesmo lugar e depois ainda eliminar provas não é comum”, disse Carneiro.
Para resolver essa questão, é necessário fortalecer os serviços de
inteligência, historicamente exercidos pela Polícia Civil, e conter o
uso da força pela PM. Uma das grandes críticas ao ex-secretário de
segurança pública foi exatamente ter seguido o caminho inverso. No
discurso de despedida, de meia hora, Ferreira Pinto deixou clara sua
opção. “Sempre prestigiei sim, e me orgulho disso, o trabalho da Rota”,
declarou. Para Theodomiro Dias Neto, professor da Faculdade de Direito
da Fundação Getulio Vargas (FGV) e especialista em segurança pública, o
novo secretário tem grandes desafios para conseguir o respeito da
população. No caso da PM, é preciso controlar o uso da força por parte
da corporação. No caso da Polícia Civil, é necessário combater a
corrupção. “O principal passo nesse caminho é a escolha dos comandos das
polícias”, afirma.

Outra tarefa espinhosa é a conciliação e a integração de forças das
polícias civil e militar. De acordo com Olímpio Gomes, major da reserva
da PM e deputado estadual, a tensão entre as duas instituições
acirrou-se principalmente depois de 16 de outubro de 2008, quando os
militares impediram uma passeata dos civis que estavam em greve e
caminhavam em direção ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo
paulista. Houve embate e tiroteio. “Desde então, as rixas só aumentaram,
mas elas não serão resolvidas com reuniões de líderes e festas de
confraternização”, diz ele. Um dos motivos para a escolha de Grella foi
seu temperamento conciliador que, agora, será posto à prova. Ele tem a
vantagem também de contar com mais interlocução junto à sociedade civil.
“Acho que podemos esperar mudanças em direção a uma gestão mais moderna
e eficiente. Estou otimista”, diz Luciana Guimarães, diretora do
Instituto Sou da Paz.
A "CRISE DA SEGURANÇA PÚBLICA" É NO PAÍS INTEIRO!
ResponderExcluirQuando os governantes enfraquecem a Polícia Militar com baixos salários, eles estão fortalecendo o crime. Bombeiros e Policiais Militares do Estado do Rio de Janeiro, SERVIDORES PÚBLICOS que prestam SERVIÇOS ESSENCIAIS à população fluminense, deveriam ser mais valorizados! É preciso oferecer QUALIDADE DE VIDA aos referidos profissionais. Faz-se necessário que o excelentíssimo senhor governador Sérgio Cabral Filho analise o Salário Mínimo Necessário, referente ao mês de Outubro de 2012, estimado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, em conformidade com o artigo 7º, inciso IV, da Carta Magna, no valor de R$ 2.617,33 (dois mil, seiscentos e dezessete reais e trinta e três centavos) por mês. Vossa Excelência perceberá que os Soldados da PMERJ e do CBMERJ não recebem um SALÁRIO DIGNO e que os reajustes precisam ser maiores, pelo menos o que virá em 2014, para que as necessidades vitais básicas dos MILITARES ESTADUAIS sejam atendidas de acordo com a nossa Constituição Federal. Uma solução para elevar o piso salarial, além dos reajustes que serão oferecidos, seria dobrar ou triplicar a gratificação referente ao Programa de Capacitação em Operações Policiais Militares de Ocupação Estratégica Temporária e Polícia de Proximidade (POEPP).