Depois de cinco anos e quatro meses preso em unidades federais de
segurança máxima, o ex-policial militar Luciano Guinâncio Guimarães, que
faz parte da maior milícia da Zona Oeste, retornou ao Rio no final de
março. De volta ao estado e ao Complexo Penitenciário de Gericinó, em
Bangu, o filho do miliciano Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, pediu
para ficar na Cadeia Pública Bandeira Stampa, conhecida como o “seguro”
do sistema. Na unidade ficam, por exemplo, presos ameaçados de morte.
Luciano, que estava na penitenciária de Porto Velho, em Rondônia,
abriu mão de cumprir pena na Penitenciária Lemos de Brito (Bangu 6),
destinada a ex-PMs. O temor de Luciano é justificado pela guerra dentro
da milícia da qual ele faz parte.
De um lado da briga pelo domínio da Zona Oeste estão, além de
Luciano, seu pai, Jerominho, e seu tio, Natalino Guimarães Filho. Na
outra ponta da disputa estão Toni Angelo de Souza Aguiar e Ricardo
Teixeira Cruz, o Batman. Os quatro estão presos em unidades federais.
Jerominho, Natalino e Batman em Porto Velho, e Toni em Catanduvas, no
Paraná.
Atualmente, de acordo com informações de fontes da Polícia Civil, o
segundo grupo está mais fortalecido. Na chefia, com a captura de Toni
Ângelo, em julho do ano passado, está Marcos José de Lima Gomes, o Gão.
Ele era segurança de Toni, mas seu comando tem desagradado a alguns
membros da quadrilha, causando dissidências, disputas e mortes dentro do
grupo.
Assim como seu filho, Jerominho tenta voltar para o Rio. Ele também
está em unidades federais desde novembro de 2008. No início deste ano, a
Justiça Federal de Rondônia havia determinado que o miliciano
retornasse ao estado, mas a Vara de Execuções Penais do Rio reverteu a
decisão com recurso no Superior Tribunal de Justiça.
No dia 26 de março, os ministros da Terceira Seção determinaram que
Jerominho permanecesse em Rondônia. Em seu voto, o ministro Sebastião
Reis Nunes ressalta a possibilidade de ele retornar à criminalidade e às
suas funções ao voltar para uma unidade prisional do Rio.
Apesar da decisão favorável ao Rio, o ministro faz uma crítica à
postura do estado de mandar presos para unidades federais: “Eles jogam
os ‘abacaxis’ para presídios federais mas não procuram se aparelhar de
forma necessária para ter presídios estaduais com condições de abrigar
criminosos mais perigosos”.
Luciano foi preso em 2008 na cidade de Barbacena, em Minas Gerais,
por policiais civis do Rio. Quatro anos depois, em outubro de 2012, ele
foi condenado a 17 anos de prisão pela morte de um motorista de van. Os
advogados do miliciano conseguiram anular o julgamento no Tribunal de
Justiça do Rio em março deste ano. Ele será levado a novo júri. Luciano
responde a outro homicídio, na 3ª Vara Criminal da Capital, com
Jerominho e Natalino. Eles são acusados da morte de um outro motorista
de van em 2005, em Campo Grande, na Zona Oeste.
MILICIANO SAFADO MATOU MUITO POLICIAL EM CAMPO GRANDE QUE NÃO CONCORDAVA COM SUAS SAFADEZAS ,AGORA PEDE PRA FICAR NO SEGURO .
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