Uma audiência de conciliação envolvendo um pastor
evangélico e o delegado titular da 79ª DP (Jurujuba) acabou com um
membro da igreja baleado dentro do 5º Juizado Especial Cível de
Copacabana, na Zona Sul do Rio. O delegado Henrique Paulo Mesquita
Pessoa atingiu um membro da igreja Geração Jesus Cristo, liderada pelo
pastor Tupirani da Hora. Ele foi levado ao Hospital Miguel Couto, no
Leblon, também na Zona Sul. O delegado foi preso por tentativa de
homicídio. Segundo a unidade de saúde, o tiro atingiu a vítima de
raspão. O fiel, identificado como Carlos Gomes, 29 anos, não corre risco
de morte.

Membro da igreja, identificado como Carlos Gomes, foi atingido por tiro disparado por delegado dentro do Juizado de Copacabana
O autor do disparo foi levado para a
12ª DP (Copacabana). Após a análise das câmeras de segurança do Juizado,
a delegada titular, Izabela Silva Rodrigues Santoni, determinou a
prisão do delegado em flagrante por tentativa de homicídio. Segundo
Santoni, ficou claro nas imagens que o delegado tinha a intenção de
atirar contra o membro da igreja.
De acordo com informações de testemunhas, o
delegado, se desentendeu com o pastor na saída do Juizado. Antes de
disparar contra a vítima, ele ainda deu uma cabeçada no líder da
religião evangélica.
Tupirani disse que a agressão provocou a
revolta das pessoas próximas. Foi quando o delegado, segundo ele,
disparou o tiro. "Ele moveu uma acão judicial contra um membro da
igreja. Quando ele viu que a causa ia ser contrária a ele, saiu da
audiência, deu as costas para todo mundo e foi gritando 'eu sou
Lúcifer'. Quando ele passou por mim, me deu uma cabeçada que fez meu
nariz sangrar. As pessoas gritaram para o delegado 'seu covarde' . Ele
virou pra trás e deu um tiro".
Na 12ª DP (Copacabana), o titular da distrital
de Jurujuba alegou, em depoimento, que agiu em legítima defesa, após ser
agredido pelo grupo de religiosos. "Eu fui surrado, estou com a cabeça
aberta. É lamentável o nível de virulência desse homem que se diz
liderança religiosa. Ele já me ameaçou de morte, disse que está
preparando a minha forma. Hoje, ele recolheu vinte pessoas para me
agredir. O que eu fiz foi atirar para o chão, na direção deles, para me
defender".
Pessoa alega ainda que, por sua atuação contra a
igreja comandada pelo pastor, é alvo de vídeos difamatórios publicados
pelo religioso no Youtube. Ele foi responsável por prender o pastor sob a
acusação de destruir um terreiro de religião matriz africana. "Ele
mandou os fiéis quebrarem o Templo de Oxalá. Ele me persegue desde
2009. Me chama de viado, de macumbeiro. Estou procesando ele civil e
criminalmente. Ele intitula o grupo dele de camisas pretas, parece mais
uma milícia religiosa", declarou.
O pastor parece uma milícia religiosa, mas quem tem a cara de pau de dar tiro DENTRO DO JUÍZADO é Delegado.
ResponderExcluirAinda bem que tinha câmera e testemunha, senão a historinha inventada por ele poderia colar.
É verdade, muitos delegados querem usar o cargo para cometer crimes, acreditando que ficarão impunes!
ExcluirNão houve tentativa de homicídio, houve lesão corporal dolosa. Pode ter ficado claro nas imagens que o delegado tinha a intenção de atirar contra o membro da igreja, mas intenção de atirar não significa intenção de matar. Quem quer matar não atira uma única vez, não dá só um disparo! É uma situação que o promotor de justiça terá que analisar. Ele deu uma cabeçada no outro, depois alegou que estava com a cabeça aberta e agiu em legítima defesa. Mesmo se tivesse agido para se defender, poderia responder pelo excesso. O Carlos Gomes deveria responder pelo crime de difamação ou desacato, por ter publicado os vídeos difamatórios contra o delegado (depende do que está nos vídeos).
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